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A permanência do ‘povão’ no Carnaval carioca com mini desfiles e ensaios técnicos

Cidade do Samba recebe celebração que reforça a aproximação entre escolas e comunidade

Foto: Eduardo Hollanda

A Cidade do Samba foi palco no último final de semana, novamente, da comemoração do Dia Nacional do Samba, formato utilizado desde 2023. As escolas se apresentam de acordo com a ordem de apresentação no Sambodromo da Marquês de Sapucaí nos dias oficiais e são realizados num circuito em formato de círculo, ou seja, dando a volta pela chamada fábrica dos sonhos.

O papel dos mini desfiles e a aproximação com a comunidade

O mini desfile vai muito além de uma utilização a mais da Cidade do Samba, que também desde 2023 recebe a apuração dos votos dos jurados sempre na quarta-feira de cinzas, é um novo mundo de aproximar a comunidade e sua torcida popular a escola. Quanto mais o tempo passa, mais vemos os preços exorbitantes dos ingressos de arquibancadas e frisas para os dois oficiais de desfiles, tanto que especialistas e comentaristas comentam que o verdadeiro desfile, a verdadeira festa do povo era nos ensaios técnicos.

A origem popular das escolas de samba

O berço das escolas de samba sempre foram e sempre serão as Zonas Norte, Oeste e a Baixada Fluminense. Na primeira citada temos Portela, Estação Primeira de Mangueira, Salgueiro, Unidos da Tijuca, entre outras; na segunda Mocidade Independente, entre outras; e na terceira Beija-Flor, Grande Rio, entre outras. Ou seja, temos sempre o carnaval feito pela camada considerada mais popular do município, não existe essa tradição pela Zona Sul, na qual só lembramos da São Clemente.

Gentrificação e afastamento do público dos desfiles de Carnaval

Por que afastar esse público diverso dos desfiles oficiais? O processo de gentrificação no Rio de Janeiro, que começou com o “bota abaixo” de Pereira Passos e se mantém com Eduardo Paes, principalmente com a nova obra que será realizada onde o Sambodromo ficará escondido diante o gigantismo dos prédios da arquitetura característica do pós-guerra de Oscar Niemayer, chegou a maior festa a céu aberto do planeta e a perspectiva é piorar. Temos que celebrar os mini desfiles sim! É o Carnaval permanecendo onde começou, no centro da cidade.

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