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Alinne Rosa fala sobre retorno à música após depressão: ‘Um recomeço’

Cantora baiana lançou na última sexta-feira (12) o álbum 'Canções Que Ela Fez Pra Mim'

Foto: Divulgação

Alinne Rosa lançou na última sexta-feira (12) o álbum “As Canções Que Ela Fez Pra Mim”. O projeto marca uma nova fase da artista e já mira o Carnaval 2026, com faixas dançantes e solares pensadas para embalar os trios elétricos no próximo ano.

O disco funciona como complemento de “As Canções Que Eu Fiz Pra Ela”, trabalho mais íntimo que abriu essa nova era na carreira da cantora, agora expandida para um som mais coletivo e festivo.

Um retorno após um período delicado

O lançamento chega após um momento sensível na vida pessoal de Alinne. Em 2024, a artista revelou que enfrentou um quadro profundo de depressão ao longo de cerca de sete anos. Em entrevista ao PopOnze, ela falou sobre o retorno à música depois desse período de recolhimento.

“Tem sido muito especial. Eu precisei desse tempo mais quietinha pra cuidar de mim e agora está sendo praticamente um recomeço. Eu nunca parei de cantar, mas reduzi a agenda de compromissos, como TVs e rádios. Eu sinto um frescor mesmo, como no início, de me empolgar com cada detalhe.”

Dois projetos, duas Alinnes

A divisão do trabalho em duas partes não é apenas estética, mas conceitual. Segundo a cantora, os discos dialogam entre si e representam diferentes momentos do processo de reconstrução pessoal e artística.

“A divisão em duas partes representa justamente essa dualidade, de duas Alinnes que se reencontram. As canções que eu fiz pra ela é o lado que nasce de mim: mais leve, afetivo, introspectivo, esse lugar de reconstrução. Já As canções que ela fez pra mim traz o outro lado dessa história: o que o mundo me devolve, o que eu recebo da vida, da Bahia, do carnaval, das pessoas. E uma se enxerga, se reflete na outra.”

Estreia como produtora musical

Outro destaque do novo álbum é a estreia de Alinne Rosa na produção musical. A cantora conta que assumir esse papel ampliou sua autonomia criativa e permitiu um envolvimento mais profundo em todas as etapas do projeto.

“Totalmente. Produzir pela primeira vez ome deu uma liberdade absurda. Pude colocar a mão na massa mesmo, do começo ao fim. Cada arranjo, cada escolha rítmica, cada detalhe tem muito do meu coração ali. Consegui participar muito mais ativamente, que era algo que sempre quis fazer.”

“É como sair do casulo e cair no meio da festa”

Se o primeiro álbum apostava em uma atmosfera mais afetiva e introspectiva, As Canções Que Ela Fez Pra Mim assume de vez o espírito do carnaval baiano. A proposta é mais quente, coletiva e conectada à rua, ao trio elétrico e à energia do público.

“Essa segunda parte chega com mais dendê, mais rua, mais carnaval mesmo. Depois da fase mais afetiva e solar da primeira parte, agora vem o calor do trio elétrico, o brilho, a energia da galera pulando junto. Acho que o público vai sentir essa virada: é como sair do casulo e cair no meio da festa.”

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